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segunda-feira, 23 de março de 2015

Auxílio ao produtor

Nesses quase um ano de projeto estivemos presentes sanando dúvidas e auxiliando nossos produtores quanto tratamentos, avaliando ataques de patógenos, fertilidade do solo.
Propriedade Valdir Andreolla

Propriedade  Gelson Dalagnol

Propriedade Paulo Didoné

Propriedade  Antônio Roque Tomé

Quarta Ação - Entrega da Adubação do Solo

Considerando os resultados obtidos na análise de solo, os dados foram interpretados pelo Técnico Leandro Venturin e cada agricultor parceiro recebeu a adubação nas doses exatas para área cedida para o experimento.
Propriedade Antônio Roque Tomé

Propriedade Paulo Didoné


Propriedade Gelson Dalagnol


Propriedade  Valdir Andreolla

Terceira Ação - Aplicação de questionários

Esta ação teve como principal objetivo entender as principais necessidades de nossos agricultores, para no decorrer do projeto, e na medida do possível saná-las.
Propriedade Geraldo Perucchin

Propriedade Moacir Giacomet


Propriedade Valdir Andreola

Segunda Ação - Coleta de solo para análise


Propriedade de Moacir Giacomet

Propriedade Paulo Didoné
Propriedade Rogério Formolo
Propriedade Hélio Biazus
 

Adubação Verde

O que é adubação verde?


     A adubação verde é uma prática de cultivo de plantas com elevado potencial de produção de biomassa vegetal, semeadas em rotação, sucessão ou consórcio com espécies de importância econômica. A adubação verde promove inúmeros benefícios como, melhorar a capacidade produtiva do solo, aumentando sua fertilidade e garantindo produtividade e maior renda para os produtores.
  Esta prática pode ser realizada com diversas espécies vegetais, porém cada uma delas apresenta características diferentes como produção de massa verde/seca, tempo de decomposição, velocidade de crescimento, produção de compostos alelopáticos (substâncias químicas liberadas pelas plantas, que influenciam o desenvolvimento de outras plantas).


Vantagens da adubação verde


- Dificulta ou impede a germinação de sementes de plantas daninhas; também pode suprimir ou controlar invasoras, através da competição por luz, água e nutrientes (alelopatia).
- Ativa a vida do solo, favorecendo a reprodução de microorganismos benéficos às culturas agrícolas.
- Mantém a umidade do solo, diminuindo as perdas por evaporação e aumenta a infiltração de água no solo, diminuindo o escorrimento superficial.
- O sistema radicular de espécies de adubação verde possui alta eficiência na descompactação dos solos e consequentemente aumentam a matéria orgânica. 
- Impede o impacto direto das gotas de chuva sobre o solo, que são responsáveis pela compactação deste. Facilita a estruturação do solo (melhor agregação, maior aeração).
- A adubação verde pode facilitar a nutrição dos cultivos subsequentes, pois pode converter micronutrientes pouco disponíveis em formas mais disponíveis e garantir ação protetora proporcionada pelos resíduos orgânicos deixados pelas culturas. 
- O uso de consórcio (mistura de espécies) entre plantas de cobertura, controla a velocidade de decomposição e liberação de nutrientes dos resíduos culturais. A reciclagem de nutrientes acontece em função do sistema radicular das plantas de cobertura que retiram os nutrientes de camadas mais profundas do solo, transformando-os em material orgânico, posteriormente liberados na superfície. Os nutrientes são mineralizados e disponibilizados em doses contínuas para o aproveitamento dos cultivos.


Uso de Adubação verde



Preparo do solo

     O uso dos adubos verdes pode ser feito tanto em áreas em que se fez o preparo do solo, como em áreas cobertas por palhadas ou restos culturais. É importante ressaltar os cuidados que se deve tomar com o uso de enxadas rotativas no preparo do solo, principalmente de microtratores, pois esse implemento movimenta excessivamente o solo, desestruturando-o e compactando-o.



Escolha das espécies para adubação verde – Consórcio de espécies

     Para a adubação verde, sugere-se o consórcio de leguminosas (ervilhaca, feijão de porco), gramíneas (aveia, milheto) e outras plantas como o nabo forrageiro. As gramíneas, com decomposição mais lenta, fornecem uma cobertura residual mais estável, ao passo que as leguminosas contribuem com um aporte maior de nitrogênio e decomposição mais rápida. A produção de palhada em quantidade é muito importante para aumentar a matéria orgânica do solo (que dá a cor escura dos solos, característica dos solos de mata e normalmente mais férteis) e também para a proteção contra efeitos negativos causados pelas fortes chuvas e pelo sol. 



Época de semeadura

     A época do ano favorável está relacionada ao aproveitamento adequado da água, temperatura e luz. Estes são fatores que interferem diretamente na produção de massa verde, ramos e folhas e de sementes. Na região Sul: as espécies de verão, semear preferencialmente na primavera-verão, a partir do início do período chuvoso. Espécies de inverno, semear no outono.



Manejo



A forma de manejo depende da finalidade da adubação verde:


Acamamento – é a prática mais recomenda para realização de plantio direto e cultivo mínimo de hortaliças ou grãos; nos pomares e parreirais. Ele pode ser feito com equipamentos simples como rolo-faca ou mesmo com tronco de árvore, ou pneus, arrastando a caçamba do trator, etc. 
Quando deve ser feito? Para as gramíneas no estágio de grão leitoso; para leguminosas na plena floração.

Roçada – esta prática pode ser usada no manejo da adubação verde quando não se consegue fazer o acamamento. É importante destacar que a roçada pica o material e que decompõe mais rápido, perdendo o efeito de proteção do solo e de “abafamento” das plantas espontâneas.

Importante: Nos pomares ou parreirais, sempre que houver secas/estiagens, principalmente se isto ocorrer no período de crescimento vegetativo, a adubação verde deve ser acamada ou roçada para evitar a competição por água com as plantas. 

Incorporação/Lavração - quando a adubação verde é feita para cultivo de hortaliças que se desenvolvem melhor em canteiros (como cenoura, por exemplo), pode-se incorporar a adubação verde, mas isto deve ser feito superficialmente (10 a 15 cm de profundidade). Neste caso, a incorporação deve ser feita pelo menos três semanas antes da semeadura ou transplante para a decomposição do material e não intoxicar / “queimar” as culturas.



Algumas espécies para adubação verde – Características



Crotalária (Crotalaria juncea)

     A crotalária é uma leguminosa de ciclo anual, de porte alto 2 a 3 m e fibrosa. Apresenta crescimento inicial rápido e um importante efeito supressor e, ou alelopático às invasoras. Desenvolvem-se em solos quimicamente pobres e com baixo teor de matéria orgânica e produz elevada massa, adaptando-se bem ao cultivo em diferentes regiões. Pode ser cultivada solteira, consorciada com milho ou intercalada com culturas perenes. Desenvolve-se bem em solos argilosos a franco arenosos e arejados, não tolera encharcamento. A principal vantagem desta espécie é a sua velocidade inicial de crescimento, promovendo rápida cobertura do solo. Além disso, é eficiente no controle de nematóides.


Feijão-de-porco (Canavalia ensiformis)

     O feijão-de-porco é uma leguminosa, resistente às altas temperaturas e à seca, com hábito determinado. Suas folhas grandes favorecem boa cobertura. 
     Espécie muito rústica e adaptável aos solos de baixa fertilidade com a propriedade de imediatamente enriquecê-los, tolerando solos ácidos, salinos, mal drenados e com textura variável (desde arenosos a argilosos). O manejo deve ser feito no florescimento ou início da formação de vagem. 
     Tem efeitos alelopáticos às invasoras, atuando eficientemente no controle de tiririca. Recomenda-se efetuar o plantio a partir de setembro, estendendo-se até dezembro nas regiões onde ocorrem geadas a partir de abril/maio. O plantio pode ser solteiro ou consorciado com milho, citros e outras culturas. 


Milheto (Pennisetum glaucum)

     O milheto é uma gramínea anual de verão, de crescimento ereto, e apresenta excelente produção de perfilho e vigoroso rebrote após cortes ou pastejo. A estrutura do colmo pode atingir 1,5 m entre 50 e 55 dias após a emergência. Em comparação com o milho e o sorgo requer mais calor para germinar e se estabelecer de maneira uniforme e proveitosa.
     O milheto apresenta grande potencial forrageiro, pelo seu alto valor nutritivo. A cultura do milheto é de fácil instalação e requer poucos insumos, pois a planta tem um sistema radicular profundo e vigoroso, o que a torna eficiente no uso de água. Tem alta resistência à seca, adaptabilidade a solos de baixa fertilidade, capacidade de produção e é excelente forrageira. Também contribui para o controle de invasoras, principalmente pela competição por água, nutrientes e luz e porque cobre rapidamente o solo.


Aveia preta (Avena stringosa)

     A aveia preta é uma gramínea anual. É a espécie mais cultivada como cobertura de inverno no Sul do Brasil, pois antecede os cultivos de milho e soja, em sistema de plantio direto. De fácil aquisição de sementes e implantação, rusticidade, rapidez de formação de cobertura, decomposição lenta e ciclo adequado, são suas principais vantagens.
  Como planta de cobertura, protege o solo, pois o cobre rapidamente, bem como melhora as características físicas e químicas deste. Apresenta elevados efeitos supressores alelopáticos sobre muitas invasoras, diminuindo os custos com capina e herbicidas. A aveia fornece massa rica em nutrientes, principalmente o potássio, que pode favorecer o solo em um programa de rotação de culturas. É empregada como regeneradora da sanidade do solo, pois diminui a população de patógenos, além de aumentar os rendimentos das culturas de verão.


Nabo forrageiro (Raphanus sativus)

     O nabo forrageiro é uma planta anual, cultivado no outono/inverno no Sul do Brasil e que apresenta, entre outras vantagens, o desenvolvimento inicial muito rápido, alto rendimento de matéria seca e ciclo curto.       Tem elevada capacidade de reciclagem de nutrientes, principalmente nitrogênio e fósforo, o que a torna uma importante espécie em esquema de rotação de culturas. Por ter decomposição rápida, geralmente é consorciada com aveia, centeio ou ervilhaca.
    É uma planta com sistema radicular pivotante e agressivo, capaz de romper camadas de solo extremamente compactas a profundidades superiores a 2,5 m. Apresenta, ainda, características alelopáticas muito acentuadas que lhe confere a condição de inibir a emergência e o desenvolvimento de invasoras.


Ervilhaca comum (Vicia sativa)

     A ervilhaca é uma planta de inverno, que tem como característica a capacidade de fixar nitrogênio atmosférico através de bactérias, aumentando a disponibilidade desse nutriente no solo. A ervilhaca desenvolve-se em solos corrigidos ou já cultivados, com bons teores de cálcio, fósforo e sem problemas de acidez. É recomendada para o cultivo em rotação de culturas, além de promover grande disponibilidade de nitrogênio às culturas sucessoras. Proporciona uma boa cobertura do solo e é considerada como planta melhoradora das características físicas, químicas e biológicas do solo. Por ser geralmente de hábito trepador, o cultivo da ervilhaca poderá ser consorciado com aveia, tremoço, centeio, azevém entre outras.


Fonte: http://www.ucs.br/site/midia/arquivos/Aduba%C3%A7%C3%A3o_e_Compostagem_2.pdf

Primeira ação - Entrega de sementes para adubação verde

Propriedade de Paulo Didoné

Propriedade de Valdir Andreolla

Propriedade de Geraldo Perucchin
Propriedade de Antônio Roque Tomé

Contribuição para o desenvolvimento rural sustentável


Impacto Social

- Contribuir para a manutenção dos jovens e das jovens na agricultura;
- Valorização do conhecimento tradicional dos agricultores com respeito a aplicação e uso da flora nativa na agricultura.
- Diminuição do uso de agrotóxicos e adubos químicos, gerando alimentos mais saudáveis e menor exposição dos agricultores a produtos tóxicos, propiciando melhoria na vida destes e de suas famílias, bem como de consumidores;

Impacto Ambiental

- Aumento do número de propriedades que poderão cultivar hortifrutigranjeiros seguindo as normas de produção orgânica;
- Criar possibilidades para um meio ambiente menos contaminado por agrotóxicos e adubos químicos.


Impacto Econômico

- Criação de novas oportunidades de mercado com grande capacidade de geração de emprego e renda;
- Agregação de valor sobre as frutas produzidas nas propriedades;
- Estímulo a novas unidades de produção agroecológica;
- Melhoria e ampliação das oportunidades para agricultores, vinculados a Cooperativas de forma direta e indireta que incorporarem esta inovação como estratégia competitividade e sustentabilidade;


Impacto Científico

- Formação de banco de informações cujos resultados contribuirão com avanços e informações inéditas sobre o controle alternativo da mosca da fruta à agricultura regional;
- Este controle, baseado em metabólitos vegetais, preza pela substituição de moléculas de síntese química, danosas e utilizadas largamente na agricultura, por moléculas de síntese biológica, biodegradáveis e com baixo a nulo efeito danoso, gerando assim, uma alternativa saudável no controle de pragas e incentivando a diminuição do uso de agroquímicos.


Impacto Tecnológico

- Apresentação de um produto de baixo impacto ambiental, para o controle de fitopatógenos e da mosca-das-frutas, que é a principal praga que ataca a produção de frutas, na região;
- Criação de um fermentado vegetal de fácil elaboração por parte dos agricultores e conhecimento que será publicado em periódicos científico;
- Valorização dos produtos provenientes de culturas tratadas com base no controle alternativo proposto neste projeto, uma vez que produtos agrícolas desenvolvidos sob o manejo integrado ou sob o manejo orgânico têm valores diferenciados no mercado.


Objetivos e Justificativa para implementação do Projeto



Objetivo do projeto 
Ampliar a agroecologia na região da Serra Gaúcha a partir de várias ações junto aos agricultores familiares e desenvolver produtos a base de fermentados vegetais no controle de fitopatógenos e insetos de importância agrícola a fim de diminuir gargalos técnicos que restringem a adoção da agroecologia. 

Municipalidade(s) beneficiada(s)
Todos os municípios pertencentes ao Corede Serra (48 municípios) e Campos de Cima da Serra, 

Justificativa do projeto
     O sistema de produção agrícola mais utilizado na região da Serra Gaúcha e no restante do País é o convencional, com revolvimento intenso de solo e uso intensivo de agroquímicos. O uso deste sistema de produção tem como consequência local acúmulo de resíduos por agrotóxicos que percolam do solo/água, contaminando águas superficiais e os lençóis freáticos, e a erosão do solo que é a forma mais prejudicial de degradação, além de reduzir sua capacidade produtiva para as culturas, ela pode causar sérios danos ambientais, como assoreamento e poluição das fontes de água. 
     Uma pesquisa, que resultou de uma parceria entre a Universidade de Caxias do Sul (UCS) e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), foi publicada em 2009 na revista internacional Mutagenesis: foram selecionados para estudo agricultores que trabalhavam com agrotóxicos há cerca de 30 anos, e os resultados não foram animadores. Onde foram constatadas que, em média, 11% das células de cada agricultor apresentavam algum tipo de lesão no material genético. Além disso, quase todos tinham cerca de seis vezes mais lesões no DNA do que os indivíduos do grupo controle (que não estiveram expostos à ação de agrotóxicos). Por meio de análises sanguíneas, foram observados que 51% dos produtores rurais apresentavam valores de estresse oxidativo acima dos padrões normais, e problemas reprodutivos também foram identificados em cerca de 18% dos indivíduos testados. 
     É fato bastante conhecido que a pesquisa agropecuária no Brasil tem gerado grande estoque de tecnologias, e em alguns casos com baixos índices de utilização por aqueles que compõem o público alvo destas pesquisas, ou seja, os agricultores. Por isso, não é incomum encontrarmos situações de miséria no campo, em localidades próximas a grandes cidades, com boa infraestrutura de serviços e contando com modernos centros de pesquisa agropecuária. Este quadro normalmente se acentua quando se trata de agricultores familiares. 
     No Brasil com o lançamento do PLANAPO – Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica abre-se um horizonte muito promissor para um avanço da agroecologia. Na Serra Gaúcha a agroecologia já vem sendo praticada desde meados dos anos 80 envolvendo um conjunto de 26 associações, grupos e cooperativas congregando mais de 400 famílias. 
     No que diz respeito a agricultura familiar uma situação importante que tem preocupado muito o setor é a sucessão rural. Segundo dados do Governo do Estado do Rio Grande do Sul – Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, nos últimos 10 anos, 276 mil pessoas deixaram o campo no RS principalmente por perdas consecutivas de safras devido ao ataque de insetos e doenças que variam de acordo com a cultura e o clima (Censo 2010, IBGE), e em contrapartida a agricultura familiar é responsável por 70% da produção de alimentos para a população brasileira. Diante disso a busca por novos insumos eficientes, de baixo custo, aproveitando o potencial da nossa realidade para a produção de alimentos podem contribuir para a manutenção do homem no campo.
     Um dos gargalos a manutenção da agricultura familiar e ou ampliação da agricultura orgânica é a falta de insumos/tecnologias adequados a realidade da agricultura da nossa região, permitidos e registrados para agricultura orgânica, especialmente para algumas culturas chave. Podemos citar o caso de doenças de hortícolas na serra gaúcha, como a trips em tomate, cebola e alface; oídios em tomate, morango e uva; ferrugens em alho, amora, etc); antracnose na uva, pêssego, sarna na maçã. Na produção ecológica de frutas de caroço particularmente, os agricultores ecologistas da região destacam como maior limitante a produção a falta de tecnologias (insumos) para o manejo da mosca das frutas. Na produção de pêssego este inseto pode ocasionar perdas de até 100% (Rupp, 2005).
     Neste contexto, a proposta deste projeto justifica-se pois, é necessário ampliar o debate sobre as formas de produção de hortifrutigranjeiros com a comunidade de agricultores familiares estabelecidos na bacia de captação do Faxinal, buscando aprimorar as relações entre o ambiente e a atividade agrícola. 
     Cabe salientar que os produtos orgânicos tem vários benefícios sociais, econômicos e ambientais: apresentam maior quantidade de nutrientes quando comparado aos alimentos produzidos de maneira convencional, isto implica em duplo benefício a saúde dos consumidores pela não presença de resíduos químicos e melhoria nutricional, diminui a contaminação do meio ambiente e também a saúde do agricultor e do consumidor. 
     O projeto será desenvolvido: (1) em Unidades Experimentais Participativas na Região da Serra Gaúcha, principalmente na área da Bacia de Captação Faxinal, onde a maior parte dos agricultores praticam agricultura convencional que tem como consequência a contaminação por agroquímicos desta importante Bacia que garante águas de consumo para o município de Caxias do Sul, e (2) junto ao Instituto de Biotecnologia onde serão realizados as extrações, produção dos fermentados vegetais para controle de fungos fitopatogênicos e da mosca das frutas. Desta forma, apoiar na conservação e recomposição deste ecossistema por meio de sistemas de produção que reduzam os resíduos poluentes e a dependência de insumos externos irão contribuir para ampliar a soberania alimentar na nossa região, bem como os impactos sociais e ambientais.
     As Unidades Experimentais Participativas (UEPs) estão organizadas na Bacia de Captação do Arroio Faxinal localizada no Município de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul. Ela possui uma área territorial de 1.588,4 km2. Dentro desta área existem dois distritos pertencentes a Caxias do Sul, sendo estes, Vila Seca e Fazenda Souza. 
   As UEPS visam produção de alimentos, segurança alimentar, melhoria da qualidade das águas, capacitação e, futuramente melhor retorno econômico, formação de multiplicadores para difusão das experiências. As mesmas recebem orientação técnica do Centro Ecológico de Ipê e de agrônomos da Emater, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e da Secretaria da Agricultura de Caxias do Sul. 

Apresentação da Universidade de Caxias do Sul

        A UCS é uma instituição de Ensino Superior, comunitária e regional, com atuação na região nordeste do Estado do Rio Grande do Sul. O caráter regional da Universidade de Caxias do Sul proporciona e facilita o tratamento específico das questões ambientais nos 58 municípios em que está presente.
        O Instituto de Biotecnologia da Universidade de Caxias do Sul (INBI/UCS) iniciou suas atividades em 1975 e sua atuação ao longo de mais de três décadas de existência tem sido no sentido de qualificar o ensino oferecido pela Instituição, buscar a inovação científica e tecnológica e, estender à comunidade os benefícios do conhecimento científico e tecnológico desenvolvidos. Doutores, mestres e estudantes de graduação e pós-graduação são responsáveis pelas pesquisas e estudos desenvolvidos nos laboratórios do Instituto, que abrangem temas de interesse para o desenvolvimento regional nas diferentes áreas relacionadas à biotecnologia.
        Além das atividades de ensino e pesquisa, o Instituto tem entre as suas finalidades transferir para a sociedade os conhecimentos e tecnologias desenvolvidos. Procura assim concretizar a extensão universitária, expandindo sua atuação através da oferta de serviços especializados e consultoria em suas áreas de competência.
        Ainda em relação ao Instituto de Biotecnologia-UCS, cabe ressaltar que este projeto é convergente com os projetos de pesquisas em andamento, o que expressa a preocupação de todos os pesquisadores na obtenção de alimentos livres de traços de organossintéticos e no equilíbrio ambiental, direcionando seus esforços ao controle de doenças e pragas de plantas de importância agronômica, de forma menos impactante para o ambiente. Todo o trabalho do Instituto de Biotecnologia não teria sentido no entanto, se não alcançasse a comunidade. A produção e o consumo de alimentos livres de resíduos químicos, o equilíbrio dos agroecossistemas e a manutenção de uma agricultura familiar e sustentável é a meta de todos os envolvidos neste projeto, que tem por fim último o incremento da massa crítica em agricultura orgânica e sustentável.

A Ampliação da soberania alimentar através do desenvolvimento de tecnologias alternativas para o manejo de pragas e doenças, é uma das iniciativas para o fortalecimento da agricultura orgânica na Serra Gaúcha.






O projeto acima mencionado faz parte Núcleo de Inovação e Desenvolvimento em Agricultura Sustentável da Universidade de Caxias do Sul (NIDAS). O mesmo é fomentado pelo CNPq e MDA (edital Nº 81/2013). São parceiros deste trabalho o Centro Ecológico – Serra, EMATER/ASCAR – RS, Rede Ecovida, EMBRAPA CNPUV, ECONATIVA, ECOCAXIAS, COOPEG, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Caxias do Sul, Secretaria Municipal de Agricultura de Caxias do Sul, Mineradora Florense e Assessoria, articulação, promoção e implementação da agricultura familiar e orgânica, Pastoral da Ecologia – Diocese de Caxias do Sul

Este projeto integra atividades de pesquisa, extensão e educação para a construção e socialização de conhecimentos e práticas relacionados à Agroecologia e aos Sistemas Orgânicos de Produção, alinhados à Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Decreto nº 7.794, de 20 de agosto de 2012)

Público Beneficiário Prioritário:
- Estudantes do ensino técnico, tecnológico e superior;
- Agricultores familiares, nos termos da Lei de Agricultura Familiar (Lei no 11.326, de 24 de julho de 2006);
-Agricultores e produtores em transição agroecológica ou envolvidos com a produção orgânica ou de base agroecológica;
- Professores, pesquisadores e agentes de assistência técnica e extensão rural (ATER).

Equipe Técnica
Profa. Dra. Valdirene Camatti Sartori – UCS
Profa. Dra. Rute T. da Silva Ribeiro – UCS
Profa. Dra.Nilda Stecanela – UCS
Profa. Dra Katiúscia F. dos Santos Strassburger – UCS
Prof. Dr. Sidnei Moura e Silva – UCS
Profa. Dra. Luciana Scur – UCS
MSc. Felipe Gonzzati – UCS
MSc.Marcia Regina Pansera – UCS
Dr. Marcos Botton – EMBRAPA CNPUV
Msc Luis Carlos Diel Rupp – Centro Ecológico Serra
Leandro Venturin - Centro Ecológico Serra
Tatiane Triaca – bolsista CNPq
Joel Pasinato – bolsista CNPq