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segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Campanha em defesa do Pampa Gaúcho



Entidades ambientalistas alertam que mais de 50% do ecossistema do Rio Grande do Sul já foi destruído por monoculturas e pastagens


    Os ecossistemas existentes em um total de 178 mil quilômetros quadrados de área, mais especificamente 2,1% do território nacional, estão em risco de extinção, podendo desaparecer nos próximos 20 anos. Significa dizer que os gaúchos que nascerem em dezembro de 2017 poderão não conhecer, no início da vida adulta, cerca de 3 mil espécies de plantas, 500 de aves e mais de 100 de mamíferos, alguns endêmicos (espécies que se desenvolvem somente em determinado local do planeta). É o Pampa Gaúcho, uma das áreas de campo em clima temperado mais importantes do mundo, que, no próximo domingo (17), tem uma data específica para ser celebrado.
      Para defender esse patrimônio, entidades ambientalistas do Rio Grande do Sul se uniram para o lançamento da campanha "O Pampa não pode acabar", que será repercutida a partir deste domingo, no Parque Farroupilha (Redenção), durante a Mateada Dia do Bioma Pampa. O evento ocorre a partir das 16h, ao lado do Monumento ao Expedicionário (https://goo.gl/4m8edC). Pelotas também programou atividade para a mesma data, na Praia do Laranjal, junto ao trapiche, às 16 horas. Haverá distribuição de bolo comemorando a data e benção da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) sobre o Bioma Pampa, em sintonia com a Campanha da Fraternidade: Biomas Brasileiros e Defesa da Vida.
       A organização é da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais (InGá), Movimento Gaúcho em Defesa do Meio Ambiente (MoGDeMA), EcoAgência de Notícias Ambientais, ligada ao Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul (NEJ/RS), Assembleia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul (APEDeMA-RS), Instituto de Biologia/UFPel, Embrapa Clima Temperado, Associação Brasileira de Agroecologia, Coletivo A Cidade que Queremos, e Fronteiras Culturais / Fronteras Culturales.
     Atentas às antigas ameaças ao bioma, como a progressiva introdução e expansão das monoculturas, principalmente de soja e plantio extensivo de espécies exóticas, como o eucalipto, pinos e acácias, que geram a degradação e descaracterização das paisagens naturais, as organizações querem sensibilizar os gaúchos em relação à iminente perda de nossa fauna e flora e os riscos econômicos e sociais gerados ao Estado e população. O bioma fornece matérias-primas, frutos nativos, plantas ornamentais, abelhas sem ferrão, possibilita a pecuária extensiva, serviços ambientais como sequestro de carbono, controle de erosão e de enchente, conforme a bióloga e doutora em Ecologia Luiza Chomenko. Além de uma paisagem única e ligada à identidade cultural do gaúcho, abriga parte do aquífero Guarani, um dos maiores reservatórios subterrâneos de água doce do mundo.
        Entre as ações está a retomada da luta pela aprovação da PEC 05/2009, de autoria do senador Paulo Paim (PT/RS), que inclui a região do Pampa no Artigo 225 da Constituição Federal, entrando assim na lista de biomas protegidos e passando a ser considerado Patrimônio Nacional. Conforme informação constante no site do Senado, o projeto está pronto para deliberação do plenário desde 9 de novembro último. Há uma consulta pública na página onde é possível votar contrário ou favorável ao projeto (https://goo.gl/1aJzU8).
        O Pampa faz parte de uma extensa região natural com mais de 750 mil quilômetros quadrados que abrange o Uruguai, o centro-leste da Argentina e o extremo sudeste do Paraguai, além da metade sul do Rio Grande do Sul. A região, denominada Pastizales del Río de la Plata ou Campos e Pampas, constitui a maior extensão de ecossistemas campestres de clima temperado do continente sul-americano.


Mais da metade já não existe!!!

     O dia 17 de dezembro foi escolhido em homenagem ao nascimento do ambientalista José Antônio Lutzenberger, que completaria 91 anos em dezembro, uma das primeiras pessoas a perceber a riqueza do bioma brasileiro menos preservado. O Pampa foi reconhecido como Bioma em 2004 e teve seu dia criado em 2007 Estimativas do Ministério do Meio Ambiente (MMA) de perda de hábitat dão conta de que em 2002 restavam 41,32% e, em 2008, apenas 36,03% da vegetação nativa do Bioma Pampa, o segundo mais degradado do país, perdendo apenas para a Mata Atlântica. Mais de metade dele já foi perdido, ou 54% de sua área original, com a transformação dos campos sulinos em área de exploração agrícola. O trabalho de pesquisa tem demonstrado que a integração da atividade agropecuária com o Bioma pode permitir sua conservação.
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Assessoria de Comunicação Colaborativa
Anahi Fros e Eliege Fante | Jornalistas
(51) 99849.6380 | (51) 99816.9595
EcoAgência Solidária de Notícias Ambientais | www.ecoagencia.com.br

CSA - Comunidade que Sustenta a Agricultura

       Tu sabes o que é CSA? Sabes que ocorrem várias feiras de produtores rurais familiares na cidade, sejam orgânicas ou convencionais ? Já comprastes nestes lugares, direto de quem produz? Várias questões para pensarmos! Comprar diretamente de quem produz  ou plantar o seu próprio alimento é um ato de resistência: envolve desde a questão de segurança alimentar até a soberania.
       Consumir produtos sazonais e locais movimentam muito mais a economia da sua região, o que fortalece os vínculos entre consumo e produção, bem como aumentam a qualidade do alimento em questão, pois não há atravessadores e maiores custos com transporte, onde muitas vezes se perde cerca de 72% da produção total desde o campo até o mercado e à nossa mesa. 
       Ingerir alimentos é um ato de sobrevivência, biológico e natural do nosso organismo, que realizamos essencialmente à vida pelo menos três vezes ao dia. Sendo assim, deveríamos dar mais atenção ao que consumimos. Será que este alimento está realmente me nutrindo ou não passa de mercadoria, que alimenta meus olhos e enfraquece meu sistema imunológico, deixando meu corpo doente e a mercê da indústria farmacêutica? 
       Tendo em vista todas estas preocupações, fato que demostra a indignação geral da população quanto ao sistema mercadológico de alimentação em que nos encontramos atualmente, o CSA vem para mudar a forma com que nos relacionamos com o alimento que ingerimos e quem os produz. 
       A sigla representa a Comunidade que Sustenta a Agricultura e é um movimento/conceito onde o agricultor deixa de vender sua produção por meio de intermediários (mercados) e passa a ser parceiro direto dos consumidores, ambos colaborando assim para o desenvolvimento sócio-ambiental da região, estimulando o comércio justo, saudável e seguro para a comunidade como um todo. 
      Nesse modelo de economia associativa, os produtores ecologistas da agricultura familiar e consumidores formam uma parceria, tanto financeira quanto organizacional, sem atravessadores, para a comercialização da sua produção, proporcionando maior proximidade entre quem produz e quem consome, aumentando a capacidade de qualidade de produtos adquiridos e em contrapartida, o agricultor pode planejar sua propriedade e obter maior lucratividade, promovendo também a biodiversidade de espécies, onde a monocultura deixa de ser algo promissor e as espécies nativas ganham um olhar diferenciado. 
      As pesquisas e usos de espécies nativas ou negligenciadas, além de promover a biodiversidade nas propriedades rurais, visa agregar valor comercial e industrial a estas espécies, o que contribui diretamente para a conservação dos biomas, além de propor alternativas nutracêuticas para a ciência dos alimentos, garantindo a segurança alimentar e saúde da comunidade como um todo.  
      Ficastes interessado e queres saber mais? Então venha participar conosco da Primeira Reunião do Grupo CSA a acontecer em Caxias do Sul, no dia 21/12/2017, quinta-feira as 19:00h, no Expressando Café Vegano, Rua Os 18 do Forte, 2367 - São Pelegrino. Mais informações com: Cíntia Campos - (54) 9 9138-7452








Boa Semana para todos! 

por Luana Minello