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domingo, 21 de maio de 2017

Apicultura e Meliponocultura


     Tu já te perguntastes aonde foram os enxames de abelhas que antes passavam por nossas cabeças a cada verão? E quando tu passeias pelo interior, aonde estão elas? Mas não falamos somente da Apis mellifera (abelha mais comum), mas também das nativas, como as Meliponas, Jataís, Tubunas, Iratins, Manduris, Mandasaias Mirins... e por aí vai! 
     Sim, as abelhas estão sumindo e isso todo mundo já está cansado de saber, mas porque isto está acontecendo??? E como eu faço para cuidá-las, protegê-las ou ainda: iniciar uma produção comercial de mel e derivados, tanto de abelhas europeias ou africanizadas, quanto de nativas? 
      É isso que o professor Rogério Dalló virá nos explicar um pouco. Ele é diretor executivo da Federação Apícola do Rio Grande do Sul (FARGS), coordenador de projetos da Cooperativa Apícola do Pampa Gaúcho (COOAPAMPA) e membro da Câmara Setorial de Apicultura e Meliponicultura Gaúcha. A sua palestra dará abertura as atividades da Semana do Alimento Orgânico e do Meio Ambiente UCS A palestra sobre Panorama da Apicultura e Meliponicultura Gaúcha será dia 1 de junho as 14h no Auditório do Bloco 57, Instituto de Biotecnologia da Universidade de Caxias do Sul. A mesma é destinada para alunos, técnicos, profissionais e comunidade em geral que pretendem conhecer a política publica de apicultura, legislação que regula e regulamente a atividade e suas dinâmicas. Também serão colocados os problemas da apicultura gaúcha quanto ao manejo mais profissional da atividade; a organização associativista; mortandade de abelhas e suas causas, e a importância da apicultura e meliponicultura na polinização e preservação da sociobiodiversidade.
        As abelhas são responsáveis pela polinização de aproximadamente 70% das culturas agrícolas. Cerca de 85% das plantas com flores presentes nas matas e florestas da natureza, dependem, em algum momento, dos polinizadores para se reproduzirem. Sendo assim, as abelhas cumprem um papel imprescindível, verdadeiros “cupidos da natureza”, transportando o pólen entre as plantas, e garantindo assim a variação genética tão importante ao desenvolvimento das espécies, o equilíbrio dos ecossistemas, e a reprodução das espécies.
        Aproximadamente 70% de todas as culturas agrícolas dependem dos polinizadores e estima-se que 1/3 de todos os alimentos que chegam à nossa mesa tenham alguma dependência dos polinizadores para serem gerados. Estima-se que a cada real de mel produzido as abelhas geram 200 reais de alimentos a partir do serviço de polinização: podemos dizer que a cada Real investido na apicultura estamos investindo “virtualmente” duzentos reais na produção de alimento.
        Além dos serviços ambientais a apicultura responde por uma importante fatia econômica derivada da produção de mel, própolis, cera, pólen, geleia real e demais derivados O Rio Grande do Sul é o maior produtor de mel do Brasil e segundo maior produtor de mel destinado à exportação, ficando atrás apenas de São Paulo.
        O Rio Grande do Sul, possui uma das maiores e mais antigas Federações de Apicultores do Brasil, a FARGS (Federação de Apicultores do Rio Grande do Sul), que atualmente conta com cerca de 55 associações de apicultores, 3 cooperativas e 30 empresas filiadas. Possui cerca de 400 mil colmeias e, aproximadamente 27 mil apicultores, sendo que a produtividade média por colmeia é de 18kg ao ano (SEBRAE/2011).
       No ano de 2007, conforme dados do IBGE (2011), a produção de mel no Brasil foi de 34.747 toneladas, deste total, os estados do sul, Santa Catarina , Paraná e Rio Grande do Sul, produziram junto 16 mil toneladas. O Rio Grande do Sul, se comparado aos demais Estados da região sul, é responsável por 48% da produção, colhendo anualmente cerca de 7.350 toneladas de mel. Enquanto setor econômico a apicultura enfrente grandes desafios, tais como: falta de assistência técnica adequada para os apicultores e meliponicultures; Deficiências de manejo para uma melhor produtividade e aproveitamento do pasto apícola disponível; Falta de politicas publicas que reconheçam, respeitem e fomentem a atividade; Aumento crescente do uso de venenos e “ofensivos agrícolas” que matam as abelhas; Pouca organização do setor.
          Quer saber mais? Venha participar deste evento conosco!






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